Como tudo começou – Deus ou o acaso?
A moderna teoria cosmológica conhecida como “teoria do Big Bang” afirma que o Universo surgiu da expansão de uma “partícula” primordial, infinitamente pequena, quente e densa. Tudo o que existe (incluindo o tempo e espaço) tem aí a sua origem.
A pergunta óbvia é: de onde veio essa partícula primordial? Mais: como explicar que dessa expansão aparentemente caótica tenha nascido a Vida, incluindo a vida humana?
Como nasceu o Universo?
Há três possibilidades:
1. Sempre existiu
2. Surgiu do nada, de modo acidental.
3. Surgiu do nada, de modo sobrenatural.
Consideremos cada uma delas.
Hipótese 1. O Universo sempre existiu
A 2ª lei da termodinâmica afirma que a quantidade de energia utilizável (como é o Universo) vai descrescendo. Uma vez que está provado que essa energia está a diminuir, podemos concluir que o Universo não é eterno.
Mas há outros argumentos que contrariam a tese da eternidade do Universo.
No início do séc. 20, a comunidade científica acreditava num Universo estacionário (isto é, parado e sempre da mesma dimensão). Porém, os trabalhos de Lemaître, nos anos 20, iam no sentido contrário, ao defender que o Universo está em expansão.
Em 1928, o astrofísico americano Edwin Hubble comprovou, através de observação direta, que as galáxias estão a afastar-se umas das outras, confirmando a teoria de Lemaître. É óbvio que, se estão a afastar-se, é porque estiveram unidas em determinado momento. Outros cientistas têm validado esta conclusão.
Einstein e Lemaître proferiram várias palestras juntos. Numa delas, Einstein aplaudiu de pé Lemaître e afirmou que aquela era “a mais bela e satisfatória explicação da criação”.
Concluindo: a hipótese de um Universo que sempre existiu e existirá é inviável à luz da ciência moderna. O Universo teve que ter um começo e há-de ter um fim.
Hipótese 2. O Universo surgiu de modo acidental
Esta hipótese exige que creiamos que toda a matéria, energia e leis do Universo nasceram do nada por acaso.
Mas esta teoria vai contra um princípio científico (e lógico) básico: do nada absoluto, absolutamente nada pode surgir. Ao nada pode seguir-se alguma coisa, mas o nada não pode ser causa de alguma coisa. De outro modo, as coisas poderiam aparecer e desaparecer sem uma causa (o que não se verifica).
O filósofo britânico David Hume (séc. 18), que era um cético, afirmou o seguinte: “Nunca defendi uma proposição tão absurda como a de que alguma coisa possa vir à existência sem uma causa” (Letters 1:187).
Se o Big Bang ocorreu, como a ciência propõe, há uma pergunta que se mantém: de onde vieram a energia e matéria do Big Bang? De onde veio essa “partícula” infinitamente pequena, quente e densa, que deu origem a tudo o que existe?
Mais: a ciência comprova que uma explosão resulta em caos, jamais em ordem. Ora, o nosso mundo e o sistema solar possuem uma ordem extraordinária. Como explicar esse fenómeno? Porque há ordem em vez do caos?
Hipótese 3. O Universo surgiu de modo sobrenatural
A terceira hipótese é que um Ser infinitamente sábio e poderoso tenha dado origem ao Universo. Um Ser que transcende o Universo, que está para além do tempo-espaço que Ele mesmo criou. Essa pessoa é Deus.
– Só Deus poderia criar a matéria e a energia, o tempo e o espaço.
– Só Deus poderia programar a explosão inicial no sentido da Vida e da ordem, e não do caos e do nada.
Alguém perguntará: E quem criou Deus? Mas essa pergunta não faz sentido, se tivermos em mente que o tempo teve um início e que, portanto, a causa do início do tempo (Deus) tem de ser intemporal (eterna). Um Ser eterno não necessita de uma causa. Deus é a causa primeira, não causada, de tudo o que existe.
Como explicar então a ordem e a Vida que existem neste nosso Universo e no nosso planeta em particular? A astrofísica contemporânea lista mais de 120 parâmetros que, em conjunto, permitem a existência de vida na terra, todos eles operando simultaneamente numa sintonia finíssima. Qualquer pequena alteração em apenas um deles (por exemplo, a distância entre a Terra e o Sol) tornaria impossível a existência de vida (incluindo a existência da espécie humana).
“Deparamo-nos com um universo maravilhosamente organizado, obedecendo a leis determinadas, que só entendemos vagamente. As nossas mentes limitadas não conseguem captar a força misteriosa que faz mover as constelações.”
[Denis Brian in Einstein: A Life, NY: J. Wily 1996, p 186]
Notas finais para reflexão
- Fé não é incompatível com razão e ciência. É possível ser crente em Deus e ao mesmo tempo refletir e buscar conhecimento.
Ter fé não é dar um salto no escuro, mas um ato de confiança num Ser que nos dá evidências de Si mesmo suficientes para nele crermos. - Ao longo dos séculos, milhões de pessoas, sem nada saberem de cosmologia ou astrofísica, têm tido um encontro com Deus, porque têm reconhecido as evidências da sua existência e têm crido.
A natureza criada por Deus é uma dessas evidências. Como lemos na Bíblia:
“Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” (Salmos 19:1)
“Porque as coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas.” (Romanos1:20)
3. Deus tem dois livros em cujas páginas ele se revela. O primeiro é a natureza que Ele criou. A criação aponta claramente para Ele, mas não nos responde a muitas perguntas. Há um outro livro onde o leitor poderá encontrar respostas: a Bíblia.
Já experimentou ler a Bíblia? Comece pelo Novo Testamento. Verá que toda ela aponta para uma pessoa: Jesus Cristo.
Cristo é a maior evidência de Deus que alguma vez poderá encontrar! Ele mesmo afirmou: “Quem me vê a mim vê o Pai (Deus).” (João 14:9)
4. Ter um encontro com o Deus vivo, através de Jesus, depende, em última análise, de si. O pensador francês Blaise Pascal (que se converteu a Cristo aos 31 anos) escreveu que “Deus se revela a quem o busca e se oculta de quem não deseja encontrá-lo”. Se deseja sinceramente conhecer o Deus vivo, pode estar certo que o vai encontrar.
5. Jesus afirmou: “Aquele que pede recebe; e, o que busca encontra; e, ao que bate abrir-se-lhe-á” (Mateus 7:8). Experimente!
Deus não é apenas o criador do Universo.
Ele é também um Pai de infinito amor que tem um projeto eterno para a sua vida.
Ele quer criar no seu coração um novo começo para uma nova vida.
Em vez de uma existência de acasos sem sentido, Deus quer dar um significado novo ao seu viver. Em vez de vazio e morte, Deus tem para si uma vida feliz e sem fim!