Menu Fechar

Como chegar a Deus – Todos os caminhos levam a Deus?

Todos os caminhos levam a Deus?

Afirmar que Cristo é o único caminho pode ser considerado uma posição exclusivista e arrogante que hoje não faz sentido. Como alternativa, tornou-se popular pensar que há muitos caminhos e que estes, embora diferentes, acabam todos por conduzir a um mesmo Deus. Será assim?

A parábola do elefante

Há uma conhecida história oriental que conta que três cegos tocaram em diversas partes de um elefante. O primeiro segurou a cauda e concluiu: “Isto é uma corda.” O outro tocou na perna e discordou: “Não, é uma árvore.” O último segurou na tromba e afirmou: “Estão ambos enganados; é uma cobra. Fujam!”
Assim seria com as religiões: cada um vê Deus de um certo ângulo, mas Deus é sempre o mesmo. Só que a validade da analogia não resiste a um exame mais atento. Vejamos dois problemas:
Primeiro: afinal, o animal da história é ou não um elefante? Mas como posso eu ter a certeza? Não serei eu também cego? Porque só há um que vê o todo: Deus. Só Ele conhece e pode declarar o que é a verdade.
Segundo: se eu afirmar que é um elefante, automaticamente excluo a possibilidade de se tratar, por exemplo, de uma águia ou um golfinho. Isto é, a verdade é sempre exclusiva, opondo-se a um contrário que é falso.
Por isso a questão continua a ser a que Tomé, discípulo de Jesus, colocou a Jesus: “como podemos saber o caminho?” E à qual Jesus respondeu: “Eu sou o caminho” (João 14:5, 6).


Uma declaração surpreendente

Os muçulmanos consideram Jesus um profeta, entre outros profetas. Os hindus retratam Cristo como um entre vários gurus. As pessoas em geral, com ou sem religião, consideram Cristo como um ser humano bom e um exemplo moral, um entre outros que se destacaram pela sua vida.
Mas o próprio Cristo vai mais além.
Jesus produziu sobre si mesmo várias declarações que afirmam a sua absoluta singularidade.
Uma delas é esta: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6).
Há dois elementos surpreendentes nesta afirmação. O primeiro é que Jesus não disse que conhecia o caminho, ou que podia indicar o caminho, mas que Ele é o caminho! O segundo elemento surpreendente é que ele não afirma ser um entre vários caminhos, mas o único caminho para o Pai. Alguns poderão detetar nesta afirmação vestígios de arrogância e exclusivismo. A não ser que… a declaração de Jesus seja verdadeira.

Todos os caminhos levam a Deus como Juiz. Um só leva a Deus como Pai.


O trilema de Lewis

C. S. Lewis – Wikipédia, a enciclopédia livre
C.S. Lewis (1898-1963) foi professor em Oxford e Cambridge e escritor bem conhecido. É ele o autor das Crónicas de Nárnia, adaptadas ao cinema. Ateu durante a juventude, converteu-se a Cristo aos 32 anos. Os seus textos sobre a fé cristã tornaram-se verdadeiros clássicos.

O que levou Jesus a declarar-se como o único caminho e o Filho de Deus? Segundo C. S. Lewis, há três grandes possibilidades de resposta.

Jesus faltou à verdade:
– não sabia que mentia – era um lunático (Hipótese 1)
– sabia que mentia – era um enganador (Hipótese 2)
Jesus disse a verdade;
– é o Filho de Deus (Hipótese 3)

Hipótese 1

Jesus era uma pessoa boa, mas estava sinceramente enganado. Pensava que era o Filho de Deus, mas não era. Seria talvez um lunático, uma pessoa mentalmente desequilibrada.
Porém, toda a vida de Jesus, os seus relacionamentos, e as suas palavras invalidam essa conclusão. O prof. Gary Collins, doutorado em psicologia clinica, declarou o seguinte: “Não vejo indicações de que Jesus padecesse de alguma doença mental conhecida. (…) Ele era mais saudável que muita gente que conheço, inclusive eu mesmo!” [cit. In Lee Strobel, A defesa de Cristo, pg 154.].

Hipótese 2

Jesus enganou deliberadamente os seus seguidores. Mas isso faria dele um ser moralmente inferior, o que contradiz tudo quanto sabemos dele. Além disso, estaria um enganador disposto a morrer na cruz por uma mentira?

“E sabemos que já o filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.”

I João 5:20

Hipótese 3

Jesus falou a verdade. Ele é mesmo quem diz ser: o Filho de Deus e o único caminho para o Pai.
Quando perguntou aos discípulos quem achavam que ele (Jesus) era, Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16). Se esta afirmação fosse falsa, Jesus teria aqui uma oportunidade de a negar e até de repreender Pedro por aquela blasfémia. Pelo contrário, Jesus retorquiu: “Bem-aventurado é tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.”


A singularidade de Cristo

Jesus é singular quando comparado com os grandes líderes religiosos. Maomé nunca declarou ser igual a Deus, mas Jesus disse: “Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14:9).
Sidarta Gautama (Buda) desenvolveu uma religião praticamente ateísta, onde o sofrimento e a morte são aceites como inevitáveis. Mas Jesus promete vitória sobre a morte e a abolição final de todo o sofrimento.
O hinduísmo promove a ideia de que cada ser humano deve procurar a salvação pessoal, através de cerimónias, sacrifícios, jejum e peregrinações. Jesus oferece de graça a salvação que Ele mesmo conquistou no Calvário, e que pode ser recebida pela fé (e não pelas obras).

Num mundo de confusão religiosa, Jesus afirma-se como o único caminho para Deus.

Perdidos, mas achados
O escritor argentino Jorge Luís Borges escreveu: “Todos os caminhos levam à morte. Perca-se”. Embora a frase seja curiosa, a verdade é que exprime um pessimismo radical, como se não houvesse esperança de encontrar o caminho para a vida. Cristo contraria este pessimismo ao afirmar que veio “buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10).
1- Jesus veio buscar-me … quando eu estava perdido nos meus caminhos (nas minhas ideias, na minha religião), sem rumo e sem propósito.
2- Jesus veio salvar-me… quando eu caminhava, sem saber, para um destino eterno de morte. Mas ele tomou sobre si mesmo a minha morte. Em troce, oferece-me uma vida que nenhum homem poderia alcançar: a vida eterna.
Quem pode comparar-se a Ele?

Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.”

Provérbios 14:12

Há muitos caminhos à sua disposição. Mas há apenas um que o conduz a Deus e à vida eterna: Jesus. Siga por ele!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *